As Santas Casas da Misericórdia nasceram para cumprimento das 14 Obras de Misericórdia enquanto expressão da prática da Caridade. Este termo foi alvo durante algum tempo de uma forma depreciativa e substituído por outro mais laico que é a Solidariedade. Esta pode ser entendida como sinónimo daquela. Mas na realidade não são.
A Solidariedade é um termo bastante mais redutor e até pode ser utilizada para qualificar ministério no estado laico e não confessional.
Solidariedade é um termo que está muito mais próximo sem ser, completamente, equivalente, à prática das 7 Obras de Misericórdia Corporais. Será um pouco mais do que isso atendendo ao princípio do humanismo que lhe é inerente.
Mas as Santas Casas da Misericórdia são muito mais do que meras Instituições Particulares de Solidariedade Social onde o Estado Português as pretende enquadrar, em exclusivo.
Enquadrar as Misericórdias Portuguesas, única e exclusivamente, enquanto Instituições Particulares de Solidariedade Social é querer reduzir estas seculares Instituições em todas as suas dimensões.
Pela sua natureza, identidade e especificidade, as Misericórdias de Portugal são Instituições de dimensão universal e cariz universalista.
Estas verdadeiras dimensões que caracterizam as Misericórdias enquadra-as na globalidade do conceito cristão da Caridade.
São assim, há já mais de 500 anos, o rosto da Caridade ajudando a espalhar a Fé e a Doutrina da Igreja por todo o Mundo onde os Portugueses passaram e deixaram marca.
A força e actualidade destas Instituições resulta da riqueza da filosofia fundacional, a Doutrina de Cristo, sempre actual. Este riqueza traduz-se na sua manutenção activa inda que Portugal tenha deixado de estar presente em algumas dessas paragens.
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