quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Cuidados Continuados

Divulgado relatório de monitorização
Oito por cento dos mortos na rede de cuidados continuados faleceu nos primeiros dez dias
17.09.2009 - 16h35 Lusa
Oito por cento dos 2292 utentes que morreram no primeiro semestre nas unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados faleceu nos primeiros dez dias de internamento, o que poderá "indiciar uma referenciação inadequada", segundo um relatório.De acordo com o relatório de monitorização do desenvolvimento e da actividade da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), referente ao primeiro semestre deste ano e hoje apresentado em Lisboa, perto de um quinto (17 por cento) dos utentes saídos das unidades de internamento da rede morreu. Destes óbitos, lê-se no documento, oito por cento (201) verificou-se nos primeiros dez dias de internamento, "o que poderá indiciar uma referenciação inadequada, em que os doentes não se encontram em situação clínica estável". Os autores do documento prometem ser mais "conclusivos" sobre esta matéria no próximo documento, mas adiantam que se a presente análise for feita "excluindo as unidades de cuidados paliativos, em que a mortalidade é muito superior", existe uma percentagem de 12 por cento, com seis por cento nos primeiros dez dias. O relatório refere também que, no semestre analisado, "a patologia cárdio-vascular, em particular a doença vascular cerebral aguda (Acidente Vascular Cerebral), constitui o diagnóstico presente no maior número de utentes referenciados", num total de 41 por cento. A fractura do colo do fémur é o segundo diagnóstico mais frequente (16 por cento), enquanto a Diabetes Mellitus começa "a ocupar um número significativo (oito por cento)". Em Junho deste ano, a Rede contava com 3.498 camas, mais 22 por cento do que em 31 de Dezembro de 2008. No primeiro semestre de 2009 foram contratadas mais 628 camas, o que representa um aumento de 22 por cento em relação a 2008. De acordo com o documento, o maior aumento da capacidade instalada verifica-se agora na tipologia de longa duração e manutenção, com 417 camas novas (mais de 31 por cento, em relação a 30 de Junho do ano anterior).
Público