domingo, 27 de novembro de 2011

50 milhões de euros para instituições em dificuldades

Ministério negoceia com banca
50 milhões de euros para instituições em dificuldades
por LusaOntem
O secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social anunciou hoje que o respectivo ministério vai negociar com a banca, na próxima semana, uma linha de 50 milhões de euros de financiamento extraordinário para instituições sociais em dificuldades de tesouraria.
À margem da inauguração da creche, do centro de dia e do serviço de apoio domiciliário do Centro Social de Gião, em Santa Maria da Feira, Marco António Costa declarou à Lusa: "Na próxima semana terei um conjunto de reuniões em que procuramos uma solução que, de alguma forma, permita encontrar uma verba suplementar de 50 milhões de euros para apoiar a sustentabilidade das instituições do sector social".
Referindo que essa é uma matéria que "preocupa muito" o Governo, o secretário de Estado revelou que a tutela está "a trabalhar com uma entidade financeira no sentido de encontrar uma linha de financiamento extraordinário a instituições sociais que necessitem de um apoio - também extraordinário - para responder a dívidas de curto prazo que têm na sua tesouraria".
Para Marco António Costa, essa medida impõe-se por três razões. "Primeiro, porque muitas destas instituições fizeram fortes investimentos motivadas pelo Estado, que hoje tem [para com elas] dívidas a curto prazo que, sendo muito grandes, condicionam a sua acção e a sua disponibilidade para poderem ampliar a sua resposta social", explica.
"Em segundo lugar", continua o governante, "muitas destas entidades confrontam-se com dificuldades na obtenção da comparticipação das famílias, porque essas cada vez têm menos rendimento disponível e isso também se faz sentir do lado das instituições sociais".
A terceira razão, citada pelo secretário de Estado para justificar a pertinência da linha de financiamento a acordar na próxima semana, reflecte uma questão de atitude: "A Segurança Social e o Estado, no seu todo, têm que ter uma atitude de desburocratização e de confiança nos parceiros sociais que têm no terreno, e é isso que estamos a fazer".
Marco António Costa garante que, no seu ministério, "a concertação é permanente" e, confiando que essa ajude às negociações dos próximos dias, anuncia: "Gostaríamos de ter este processo concluído até final do ano".

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