domingo, 27 de março de 2011

IPSS de Saúde querem dialogar com o Estado a “uma só voz”

IPSS de Saúde querem dialogar com o Estado a “uma só voz”
Inserido em 22-03-2011 21:12



As Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) também andam à procura de estabilidade. Estão registadas 300 na área da saúde, mas no primeiro encontro nacional, que decorreu hoje em Lisboa, compareceram 120. Também aqui os tempos são de dificuldades - muitas optaram por poupar o dinheiro da deslocação.

Realizou-se hoje em Lisboa, o primeiro Encontro Nacional das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) de Saúde. As 120 instituições que estiveram no Auditório do Infarmed concentraram-se em debater os “Desafios do presente e do futuro”no sector da saúde.
A procura aumenta, escasseiam os financiamentos privados e a relação com o Estado, por lei, nunca pode ir além de programas de quatro anos. Na área da Sida, por exemplo, há dez instituições cujos projectos terminam no final do ano.
Eugénia Saraiva: “esta lei tem que ser revista”
Eugénia Saraiva, da Liga Portuguesa Contra a Sida, diz que os próprios organismos do Estado concordam que “esta lei tem que ser revista”, e acrescenta que “estão preocupados para que estes serviços não encerrem e mais do que serviços, muitas destas instituições também não fechem por inviabilidade financeira”.

A Liga Portuguesa Contra a Sida pretende “um compromisso efectivo por parte deste organismos”, mas Eugénia Saraiva lembra que estamos numa altura de crise: “Falava-se hoje no “estado do Estado” - neste momento, temos que aguardar”.
À espera estão também milhares de trabalhadores, voluntários e, sobretudo, utentes destas organizações. Neste encontro aposta-se num passo concreto: constituir uma federação para facilitar o diálogo com as instituições do Estado.
Associação de Planeamento Familiar quer uma plataforma que dê reconhecimento
Duarte Vilar, da Associação de Planeamento Familiar (APL), disse à Renascença que quer “ter uma plataforma que nos dê mais reconhecimento” e através da qual “sejamos capazes de dialogar com o Estado a uma só voz”. A
APL é uma das poucas armas das IPSS do sector da saúde e o trabalho que fazem é reconhecido, mas, também aqui, esperam-se garantias de financiamento para continuar.

rr

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