domingo, 23 de setembro de 2007

As Misericórdias são o rosto da Caridade Cristã

As Santas Casas da Misericórdia nasceram para cumprimento das 14 Obras de Misericórdia enquanto expressão da prática da Caridade. Este termo foi alvo durante algum tempo de uma forma depreciativa e substituído por outro mais laico que é a Solidariedade. Esta pode ser entendida como sinónimo daquela. Mas na realidade não são.
A Solidariedade é um termo bastante mais redutor e até pode ser utilizada para qualificar ministério no estado laico e não confessional.
Solidariedade é um termo que está muito mais próximo sem ser, completamente, equivalente, à prática das 7 Obras de Misericórdia Corporais. Será um pouco mais do que isso atendendo ao princípio do humanismo que lhe é inerente.
Mas as Santas Casas da Misericórdia são muito mais do que meras Instituições Particulares de Solidariedade Social onde o Estado Português as pretende enquadrar, em exclusivo.
Enquadrar as Misericórdias Portuguesas, única e exclusivamente, enquanto Instituições Particulares de Solidariedade Social é querer reduzir estas seculares Instituições em todas as suas dimensões.
Pela sua natureza, identidade e especificidade, as Misericórdias de Portugal são Instituições de dimensão universal e cariz universalista.
Estas verdadeiras dimensões que caracterizam as Misericórdias enquadra-as na globalidade do conceito cristão da Caridade.
São assim, há já mais de 500 anos, o rosto da Caridade ajudando a espalhar a Fé e a Doutrina da Igreja por todo o Mundo onde os Portugueses passaram e deixaram marca.
A força e actualidade destas Instituições resulta da riqueza da filosofia fundacional, a Doutrina de Cristo, sempre actual. Este riqueza traduz-se na sua manutenção activa inda que Portugal tenha deixado de estar presente em algumas dessas paragens.

Sem comentários: